viernes, 28 de noviembre de 2008

10º ENCONTRO INTERNACIONAL DOS PARTIDOS COMUNISTAS E OPERÁRIOS

COMUNICADO À IMPRENSA

Com a participação de 65 Partidos Comunistas e Operários, de 55 países de todas as partes do mundo – cuja lista se encontra em anexo – realizou-se com êxito na cidade de São Paulo, Brasil, entre 21 e 23 de novembro de 2008, o 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, tendo como anfitrião o Partido Comunista do Brasil



Os Partidos fizeram uso da palavra, pronunciando-se sobre o tema geral do Encontro: “Novos fenômenos no quadro internacional. Contradições e problemas nacionais, sociais, ambientais e interimperialistas em agravamento. A luta pela paz, a democracia, a soberania, o progresso e o socialismo e a unidade de ação dos partidos comunistas e operários”.





Os textos destas intervenções serão publicados na íntegra pelo Partido anfitrião e pelo Boletim Internacional. O 10º Encontro possibilitou um importante intercâmbio de idéias entre os partidos presentes.
O 10º Encontro dos Partidos Comunistas e Operários recebeu uma mensagem do presidente da República Federativa do Brasil, companheiro Luiz Inácio Lula da Silva, expressando “reconhecimento à luta de todos vocês em defesa dos trabalhadores e do povo pobre” e a “seu empenho pela construção de uma nova ordem econômica internacional”



O 10º Encontro se realizou em meio a uma grave crise do capitalismo, tema que freqüentou o conjunto das intervenções. Elas ressaltaram, como ponto comum, a natureza estrutural e sistêmica da crise, fenômeno próprio do desenvolvimento capitalista, que foi intensificado pela financeirização neoliberal que marcou o capitalismo nas últimas décadas. A crise atual demonstra a completa falência e o colapso do neoliberalismo. Mas não representa o fim automático do capitalismo; ao contrário, as burguesias dos países centrais tratam de pôr em marcha uma operação de “salvação” do capitalismo. Tais medidas não darão um rumo virtuoso ao sistema; pelo contrário, visam fazer com que os trabalhadores paguem novamente a conta da crise.
A crise do capitalismo deita por terra a proclamação do capital, de que a contra-revolução de 1989-1991 seria definitiva e irreversível. Ela expressa e patenteia os limites desse sistema social e a necessidade de sua superação revolucionária.



Sobre a questão da crise do capitalismo, os 65 partidos lançaram a Proclamação de São Paulo que aponta que o socialismo é a alternativa



Muitos partidos destacaram, como fato positivo, a crescente contestação à hegemonia norte-americana sobre o planeta, e que o mundo ingressa numa etapa de fortalecimento da luta antiimperialista, pela independência, desenvolvimento e progresso social dos povos e das nações. Nesse sentido, alguns Partidos destacaram a importância do surgimento de novas coalizões de países em desenvolvimentos, tais como, por exemplo, o IBAS, fórum trilateral que reúne Índia, Brasil e África do Sul e as reuniões regulares dos BRIC’s (Brasil, Rússia, Índia e China), como expressões de uma revigorada unidade sul-sul.



Para os Partidos Comunistas e Operários, a crise reforça a necessidade de pôr em primeiro plano a transição ao socialismo, e de intensificar a luta de idéias junto ao povo, num momento em que os limites do capitalismo vêm à luz.



Os partidos presentes ressaltaram o simbolismo e a importância de o Encontro ocorrer pela primeira vez na América Latina, marcando a internacionalização dos processos destas reuniões anuais, e tendo em vista que esta região se tornou um importante pólo de resistência antineoliberal e antiimperialista



O 10º Encontro aprovou uma Declaração em Solidariedade aos Povos da América Latina, celebrando o ascenso das lutas populares e as vitórias alcançadas por forças democráticas, progressistas e antiimperialistas, entre elas os comunistas



O 10º Encontro também expressou grande preocupação com a explosiva situação atual do Oriente Médio representada pela tentativa de reconfiguração da região por parte do imperialismo norte-americano, pela guerra de ocupação do Iraque e a continuada opressão de Israel contra o povo palestino. Os Partidos presentes chamaram a atenção para a crise humanitária em Gaza, provocada pelo cerco israelense e exigem seu fim, bem como a eliminação do muro de separação racial e dos assentamentos israelenses ilegalmente construídos.



No que diz respeito à ação unitária dos comunistas, dentre outras iniciativas, foi proposto que se organize uma Jornada de ações e debates sobre crise do capitalismo; também se definiu pela realização de uma campanha de solidariedade a Cuba, por ocasião dos 50 anos da Revolução Cubana; foi proposto ainda que se realize uma campanha contra a Otan, por ocasião dos 60 anos de sua fundação; por fim, propôs-se que os Partidos organizem caravanas de solidariedade à Gaza, na Palestina.



Os delegados dos 65 Partidos Comunistas e Operários participaram de um ato público em solidariedade à luta dos povos da América Latina. Ali puderam expressar sua solidariedade internacionalista, confraternizar com a militância comunista e ouvir representações de outras forças políticas progressistas e movimentos sociais brasileiros.



São Paulo, 24 de novembro de 2008



Partido Comunista do Brasil – PcdoB



O 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.


PROCLAMAÇÃO DE SÃO PAULO
O Socialismo é a alternativa!



O mundo está confrontado com uma grave crise econômica e financeira de grandes proporções. Uma crise do capitalismo, indissociável da sua natureza própria e das suas insanáveis contradições, porventura a mais grave desde a Grande Depressão iniciada com o crash de 1929. Como sempre são os trabalhadores e os povos as suas principais vítimas.



A presente crise é expressão de uma crise mais profunda, intrínseca ao sistema capitalista, que evidencia seus limites históricos e a exigência da sua superação revolucionária. Ela representa grandes perigos de regressão social e democrática e constitui, como a história demonstra, base para movimentos autoritários e militaristas em relação aos quais se impõe a maior vigilância dos Partidos comunistas e de todas as forças democráticas e anti-imperialistas.



Ao mesmo tempo que se mobilizam milionários recursos públicos para salvar os responsáveis por esta crise – o grande capital, a alta finança, os especuladores - o que se anuncia para os operários, camponeses, camadas médias e todos quantos vivem do seu trabalho e sufocam sob o peso dos monopólios é mais exploração, mais desemprego, mais baixos salários e pensões, mais insegurança, mais fome e mais miséria.



Poderosas campanhas de diversionismo ideológico procuram iludir as reais causas da crise e fechar as portas a saídas no interesse das massas populares e a favor de um novo balanço de forças, uma nova ordem internacional para os trabalhadores, as forças populares, da solidariedade internacional e da amizade entre os povos. As grandes potências capitalistas, a começar pelos EUA, a União Européia e o Japão, com as instituições internacionais que dominam – FMI, Banco Mundial, Banco Central Europeu, Otan e outras – e instrumentalizando a própria ONU, trabalham freneticamente em “soluções”, que sendo elas próprias sementes de novas crises, procuram no imediato salvar o sistema e reforçar os mecanismos de exploração e opressão imperialista.





Com o recurso a bodes expiatórios, e insistindo em falsas e já falhadas opções de “regulação”, “humanização” e “reforma” do capitalismo, procura-se mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma. Os partidos do capital demarcam-se apressadamente dos dogmas do “Consenso de Washington” que alimentaram a brutal financeirização da economia. A social-democracia, disfarçando a sua rendição ao neoliberalismo e a sua transformação em pilar do imperialismo, tenta um extemporâneo regresso a medidas de “regulação” de tipo keynesiano que deixam intactas a natureza de classe do poder e as relações de propriedade e que visam objetivamente retirar espaço à afirmação de alternativas revolucionárias dos trabalhadores e dos povos.
Mas uma tal perspectiva não é uma fatalidade.



Como outros momentos da História já o demonstraram, os trabalhadores e os povos podem, se unidos, determinar o curso dos acontecimentos econômicos, sociais e políticos, arrancar ao grande capital importantes concessões no interesse das massas, impedir desenvolvimentos em direção ao fascismo e à guerra e abrir caminho a profundas transformações de caráter progressista e mesmo revolucionário.



O quadro internacional é de uma profunda agudização da luta de classes. A humanidade atravessa um dos momentos mais difíceis e complexos de sua história; uma crise econômica global, que coincide simultaneamente com uma crise energética, outra alimentar e com uma grave crise do meio-ambiente; um mundo com profundas injustiças e desigualdades, com guerras e conflitos. Um cenário de encruzilhada histórica, em que duas tendências antípodas se manifestam. Por um lado, grandes perigos para a paz, a soberania, a democracia, os direitos dos povos e dos trabalhadores. Por outro, imensas potencialidades de luta e de avanço da causa libertadora dos trabalhadores e dos povos, a causa do progresso social e da paz, a causa do socialismo e do comunismo.



Os Partidos Comunistas e Operários reunidos no seu 10º Encontro, realizado em São Paulo, saúdam as lutas populares que se desenvolvem por todo o mundo, contra a exploração e a opressão imperialistas, contra os crescentes ataques às conquistas históricas do movimento operário, contra a ofensiva militarista e anti-democrática do Imperialismo.



Sublinhando que a bancarrota do neoliberalismo não representa apenas o fracasso de uma política de administração do capitalismo mas o fracasso do próprio capitalismo e seguros da superioridade dos ideais e do projeto dos comunistas, afirmamos que a resposta às aspirações libertadoras dos trabalhadores e dos povos só pode ser encontrada em ruptura com o poder do grande capital, com os blocos e alianças imperialistas, com profundas transformações de caráter antimonopolista e libertador.



Com a convicção profunda de que o socialismo é a alternativa, o caminho para a verdadeira e total independência dos povos, para a afirmação dos direitos dos trabalhadores e o único meio de pôr termo às destruidoras crises do capitalismo, apelamos à classe operária, aos trabalhadores e aos povos de todo o mundo que se juntem à luta dos comunistas e revolucionários e que, unidos em torno dos seus interesses de classe e justas aspirações, tomem nas suas mãos a construção de um futuro de prosperidade, justiça e paz para a Humanidade. Nesse sentido, estão surgindo condições para reunir a resistência e as lutas populares num amplo movimento contra as políticas capitalistas aplicadas na crise e as agressões imperialistas que ameaçam a paz.



Certos de que é possível um outro mundo, livre da exploração e da opressão de classe do capital, proclamamos o nosso empenho em prosseguir a caminhada histórica pela construção de uma sociedade nova liberta da exploração e da opressão de classe, o Socialismo.
São Paulo, 23 de novembro de 2008.



DECLARAÇÃO EM SOLIDARIEDADE AOS POVOS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE



O 10º Encontro de Partidos Comunistas e Operários, ao realizar-se pela primeira vez na América Latina, saúda e congratula-se com os Partidos Comunistas e Operários e com o conjunto das forças democráticas, progressistas, populares e antiimperialistas da região pelas importantes lutas populares e os avanços obtidos ao longo da última década, que fazem desta parte do mundo um dos mais destacados pólos de resistência antiimperialista e cenário de busca de alternativas à hegemonia imperialista, de luta pela soberania nacional e o progresso social.



Num quadro em que persiste uma ampla ofensiva imperialista e neoliberal do capital financeiro sobre o mundo, em que se manifesta com intensidade a crise econômica e financeira do sistema capitalista e em que é crescente a contestação de amplos setores à hegemonia norte-americana, a América Latina e o Caribe vivem uma conjuntura política de nova etapa da luta popular.
Na região destacam-se as vitórias políticas alcançadas, fruto da resistência popular e social através de diferentes formas e meios de luta a essa ofensiva neoliberal e à dominação imperialista. Várias dessas experiências resultaram na ascensão a governos nacionais, de forças democráticas, progressistas, populares e antiimperialistas, e dentre elas, de Partidos Comunistas e Operários e de forças que proclamam objetivos de transição ao socialismo.



Os povos da América Latina e do Caribe insurgiram-se contra um sistema iníquo e excludente. A região é uma das mais desiguais do planeta. Mais de 200 milhões de pobres não têm os recursos mais elementares para sobreviver, ao passo que se desenvolvem novos centros de consumo com um luxo contrastante, absurdo e suicida. Na região, como em todo o mundo, impôs-se um rumo depredador que devora os recursos energéticos não renováveis e contamina o planeta.
As duras conseqüências das políticas antipopulares seguidas pelos governos sujeitos aos interesses do imperialismo e do capital monopolista e a profunda crise na qual essas nações submergiram são os maiores fatores que motivaram a contundente resposta dos povos.
A existência de Cuba socialista e sua bem sucedida resistência às tramas e agressões imperialistas tem sido de primordial importância para o desenvolvimento da luta dos povos. Seu exemplo manteve viva a esperança e destacou o valor de uma alternativa real à barbárie capitalista, que é o socialismo.



As forças que fazem parte destes processos, muito diversas quanto aos objetivos estratégicos, às singularidades de formações sociais e históricas nacionais e aos níveis de acumulação no plano de cada país, buscam objetivos gerais comuns, que se desenvolvem com maior ou menor profundidade, mas cujo sentido convergente é a valorização da soberania nacional e do desenvolvimento econômico e social, a democratização do Estado, a elaboração de novas Constituições democráticas, o incentivo à participação popular e a adoção de políticas voltadas para o bem-estar da maioria do povo, sobretudo dos trabalhadores.



Os movimentos sociais, principalmente os movimentos dos trabalhadores da cidade e do campo, também estão desempenhando um importante papel no avanço da luta por transformações progressistas. Ampliam-se e fortalecem-se a organização e a mobilização de diversos setores de trabalhadores, juvenis, estudantis, camponeses e indígenas, femininos, entre outros, protagonizando a oposição e a resistência ante o saque das riquezas, a privatização, a corrupção, a depredação ambiental, entre outros graves problemas da atualidade.



Neste quadro, alcança novo patamar a busca de uma integração regional autóctone e independente, a partir de instrumentos diversos e complementares, que vão do Mercosul e da Unasul (União das Nações Sul-americanas) – alianças que buscam a afirmação de um pólo geopolítico e econômico independente na América do Sul – à Alba (Alternativa Bolivariana para os Povos da América) – aliança de conteúdo abertamente antiimperialista . Também se destacam outras iniciativas que buscam conformar instrumentos que contribuam com o avanço da integração latino-americana e caribenha, tais como o Parlamento do Mercosul, o Banco do Sul, o Conselho Sul-americano de Defesa – em oposição direta à reativação da IV Frota Naval estadunidense –, o Conselho energético sul-americano e a PetroCaribe, a rede Telesul, dentre outros instrumentos. De conjunto, são movimentos e estruturas que, em maior ou menor grau, impõem, objetivamente, resistência ao modelo e à hegemonia neoliberal, contribuindo com a resistência aos planos imperialistas, uma vez que são constituídos à revelia do imperialismo norte-americano e de seus planos, como o de ressuscitar a Alca (Área de Livre Comercio das Américas) – cuja derrota foi uma grande conquista da atual fase de ascenso progressista e antiimperialista na América Latina.



Estes processos estão sujeitos a impasses e mesmo a retrocessos temporários – mesmo porque, a ascensão a governos nacionais no quadro da democracia liberal não significa a conquista do poder político, tarefa de envergadura revolucionária. Atualmente, está em curso forte reação do imperialismo norte-americano, em aliança com a direita local, com a finalidade de estimular, dentre outras coisas, a manutenção de políticas neoliberais herdadas, o golpismo, o secessionismo, os assimétricos Tratados de Livre Comércio e a militarização da região.
No contexto da afirmação de caminhos nacionais e regionais próprios, destacamos que quanto maior sua profundidade, com sentido democrático e popular, maior será sua aproximação ao objetivo de transitar à nova sociedade.



Os Partidos Comunistas e Operários estudam as importantes experiências da luta antiimperialista dos povos da América Latina, tomando em conta as concretas condições políticas e históricas atuais. Aos comunistas não cabem cópias de experiências, mas sim tirar ensinamentos das experiências positivas e negativas das lutas revolucionárias e na aplicação criativa de suas conclusões nas condições de cada país.



Os Partidos Comunistas e Operários são fundamentais na luta pelo socialismo. Apoiamos plenamente nossos Partidos fraternos na América Latina comprometidos com a Revolução democrática, popular e antiimperialista e seus esforços para unir as forças revolucionárias, respeitando a soberania e a independência de cada processo.



O socialismo que se afirmará no novo século reunirá as mais positivas lições da experiência histórica, que sejam passíveis de generalizações, com a crítica dos limites e insuficiências observados. Apoiar-se-á no pensamento avançado construído na trajetória de cada povo e na luta de classes e se materializará na unidade de uma maioria política e social, que tenha convicção na superioridade do socialismo em relação ao capitalismo, e no qual o proletariado e seus aliados desempenhem papel protagonista.



O 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários expressa seu mais firme respaldo e solidariedade com as justas e nobres causas pelas quais lutam os povos da região, e estende sua solidariedade internacionalista com todas as forças antiimperialistas, em especial com os Partidos Comunistas e as demais forças revolucionarias por uma América Latina e o Caribe livres de qualquer forma de dominação externa, politicamente unida, econômica e socialmente integrada para o benefício pleno dos povos, pela verdadeira emancipação nacional e social. Com esta perspectiva os Partidos aqui reunidos condenam energicamente as ações desestabilizadoras que o imperialismo estadunidense e seus aliados, em conluio com as oligarquias nacionais desses países, orquestram e executam, para frear o avanço dos movimentos progressistas e revolucionários na região e impedir que se cumpra a vontade dos povos.
Neste momento em que a humanidade vive um dos períodos mais difíceis de sua história, marcado por profundas desigualdades e injustiças, guerras e conflitos, situação que se agrava com a atual crise financeira e econômica global e sistêmica do capitalismo, com as crises energética, ambiental e alimentar, declaramos nosso otimismo revolucionário e nossa esperança de que o novo quadro latino-americano e caribenho em formação e desenvolvimento afirme o socialismo como a saída mais avançada para os povos da América Latina e do Caribe e para toda a humanidade.



São Paulo, 23 de novembro de 2008.
O 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.

Lista de Participantes no
10º Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários
1. África do Sul - Partido Comunista Sul Africano
2. Alemanha – Partido Comunista da Alemanha
3. Argélia – Partido Argelino pela Democracia e o Socialismo
4. Argentina – Partido Comunista da Argentina
5. Belarus - Partido Comunista de Belarus
6. Bélgica – Partido do Trabalho da Bélgica
7. Bolívia - Partido Comunista da Bolívia
8. Brasil – Partido Comunista do Brasil
9. Brasil – Partido Comunista Brasileiro
10. Bulgária - Partido Comunista da Bulgária
11. Canadá - Partido Comunista do Canadá
12. Chile – Partido Comunista do Chile
13. China - Partido Comunista da China
14. Chipre – Partido Progressista do Povo Trabalhador - Akel
15. Colômbia – Partido Comunista Colombiano
16. Coréia (RPDC) - Partido do Trabalho da Coréia
17. Cuba - Partido Comunista de Cuba
18. Dinamarca - Partido Comunista da Dinamarca
19. Partido Comunista na Dinamarca
20. Equador - Partido Comunista do Equador
21. Espanha- Partido Comunista dos Povos da Espanha
22. Estados Unidos – Partido Comunista dos Estados Unidos
23. Finlândia – Partido Comunista da Finlândia
24. França - Partido Comunista Francês (observador)
25. Geórgia – Partido Comunista Unificado da Geórgia
26. Grã-Bretanha – Partido Comunista da Grã Bretanha
27. Grécia - Partido Comunista da Grécia
28. Holanda – Novo Partido Comunista da Holanda
29. Hungria - Partido Comunista dos Trabalhadores da Hungria
30. Índia – Partido Comunista da Índia
31. Partido Comunista da Índia (Marxista)
32. Irã - Partido Tudeh do Irã
33. Iraque – Partido Comunista Iraquiano
34. Irlanda - Partido Comunista da Irlanda
35. Partido do Trabalho da Irlanda
36. Itália – Partido da Refundação Comunista
37. Partido dos Comunistas Italianos
38. Laos - Partido Popular Revolucionário do Laos
39. Letônia - Partido Socialista da Letônia
40. Líbano - Partido Comunista Libanês
41. Luxemburgo – Partido Comunista de Luxemburgo
42. México - Partido dos Comunistas do México
43. Nepal – Partido Comunista do Nepal (UML)
44. Noruega – Partido Comunista da Noruega
45. Palestina – Partido Comunista Palestino
46. Partido do Povo Palestino
47. Panamá – Partido do Povo do Panamá
48. Paquistão - Partido Comunista do Paquistão
49. Paraguai – Partido Comunista Paraguaio
50. Peru - Partido Comunista do Peru – Pátria Roja
51. Partido Comunista Peruano
52. Portugal - Partido Comunista Português
53. República Tcheca - Partido Comunista da República Tcheca
54. Rússia – Partido Comunista da Federação Russa
55. Partido Comunista dos Trabalhadores da Rússia
56. Sérvia - Novo Partido Comunista da Sérvia (ex-Iugoslávia)
57. Síria - Partido Comunista Sírio
58. Síria - Partido Comunista da Síria
59. Suécia – Partido Comunista da Suécia – SKP
60. Turquia – Partido Comunista da Turquia
61. Ucrânia – Partido Comunista da Ucrânia
62. União dos Comunistas da Ucrânia
63. Uruguai -Partido Comunista do Uruguai
64. Venezuela – Partido Comunista da Venezuela
65. Vietnã - Partido Comunista do Vietnã

miércoles, 26 de noviembre de 2008

¡ALTO A LA ESCALADA REPRESIVA!

PARTIDO COMUNISTA DEL PERÚ
Patria Roja

PRONUNCIAMIENTO



En días pasados se ha hecho público un informe de los servicios de inteligencia que anuncia una cacería de brujas en contra de los principales dirigentes de la izquierda y organizaciones sociales del país, lo que sumado a la criminalizació n de las protestas populares, al hostigamiento contra la prensa crítica, al intento de amnistía para los violadores de derechos humanos, evidencia el camino autoritario y represivo en el que se ha embarcado el régimen aprista. En la lista negra de 14 personas a las que se acusa falsamente de terrorismo y se recomienda su detención, figuran el Secretario General Alberto Moreno Rojas y cuatro militantes de nuestro Partido.

Está claro que el actual gobierno, en su estrategia de contener al movimiento social e impedir el avance de la izquierda, continúa con una orientación y metodología que se mantienen invariables desde los tiempos del fujimontesinismo, donde los servicios de inteligencia son usados para fabricar "pruebas" recurriendo a las mentiras más descaradas, lanzar sicosociales usando como cajas de resonancia a ciertos medios de comunicación, infiltrarse en las protestas para realizar acciones provocadoras, incluso atentar contra la integridad física de los opositores.


La imposición del modelo neoliberal, sus consecuencias lesivas para el país y para la inmensa mayoría de peruanos, la descomposició n moral que corroe las entrañas del régimen, el engaño, la prepotencia y autoritarismo con que se responde a las demandas populares, no pueden sino generar un profundo rechazo de la población y el cada vez mayor aislamiento político del régimen aprista. Se trata entonces de bloquear la oposición e impedir que pueda articularse una alternativa popular con posibilidades de conquistar las esferas del gobierno y abrir un nuevo rumbo para el país. En esta estrategia, las campañas de desprestigio, intimidación, divisionismo y represión abierta, son cada vez más frecuentes y agresivas.


La anunciada vocación al diálogo expresada por el Premier Yehude Simon, sus públicas declaraciones manifestando que no se puede calificar de terroristas a las organizaciones de izquierda, en particular a nuestro Partido, están en abierta contradicción con los hechos señalados. O bien existe un doble lenguaje, o bien el Sr. Simon reina pero no gobierna. Lo cierto es que se prepara una escalada represiva, cuyos operadores se mueven a sus anchas en el Ministerio del Interior y otras esferas del Estado.


Nuestro Partido expresa su enérgico rechazo al autoritarismo que está en marcha, el que solo puede ser detenido con el pueblo organizado y dispuesto a defender los espacios democráticos. Hay que poner en evidencia estos planes siniestros que se basan en calumnias y groseras manipulaciones para ablandar a la opinión pública, y no ceder ante la intimidación con que pretenden paralizarnos.


En lo que a nosotros respecta, reiteramos nuestro compromiso de estar en la primera fila de la lucha por los intereses del país y de las masas; nada nos hará abdicar en nuestro propósito de construir la más amplia unidad de nuestro pueblo, derrotar al modelo neoliberal, abrir un nuevo rumbo para el país y marchar al socialismo.

Perú, 22 de noviembre del 2008

Buró Político del Comité Central

Pensando en Gramsci

Por: César Hildebrant

Los que odian pensar y piensan, con odio bacteriano, que las cosas deben de seguir tal como están (es decir, sin administrarle al paciente los respectivos antibióticos contestatarios), profesan un particular odio en contra de Antonio Gramsci.Y es que Gramsci les hizo más difícil la tarea a todos los inmovilistas. Fue uno de los marxistas que más contribuyó a darle a la burguesía y a la democracia formal y despiadada donde más les podía doler: en la esencia de su poder.


Mientras muchos pensaban en acumular fuerzas, Gramsci se dedicó a pensar en el porqué era tan difícil cambiar las cosas y en lo poco que eso tenía que ver con los mítines multitudinarios, la lucha armada y los apasionamientos voluntaristas.Y pensó siempre y siempre lo hizo en las circunstancias más hostiles.


Hijo de muy pobres, víctima de una enfermedad que le impidió crecer y lo jorobó, tan frágil de salud como monumental en carácter, Gramsci fue el niño becario que se esforzó hasta conmovernos, el adolescente que tuvo que interrumpir la secundaria para trabajar, el universitario otra vez becado gracias a su talento y, por último, el constructor del Partido Comunista italiano y el profeta de un marxismo no lóbrego ni sectario que fue el que cautivó a José Carlos Mariátegui y que fue el que el marxista peruano habría adoptado si hubiese vivido durante el estalinismo de los gulags.


Curioso esto de Mariátegui y Gramsci: ambos periodistas, ambos víctimas de un hándicap físico, ambos procedentes de la pobreza, ambos magníficos prosistas, ambos de mentalidad abierta, ambos marxistas, ambos casados con bellas mujeres y ambos fundadores de sendos partidos comunistas.


Me dirán que la diferencia era que allá era Mussolini y aquí Sánchez Cerro y que allá Gramsci discutía con Palmiro Togliatti mientras que aquí Mariátegui lo hubiese tenido que hacer con Eudocio Ravines y que allá había que demoler a Croce y aquí a Sánchez y sí, todo eso es cierto.


Pero también es cierto que aquí o allá el fascismo llega con los soponcios y los sustos y los desmayos y que las balas siempre son de plomo y matan sin importar el hemisferio. Porque la verdadera aldea global fue y será la de la violencia en contra de los débiles.El asunto es que Gramsci se tuvo que sobreponer a todo para hacer lo que hizo.


Y aunque sólo vivió 46 años –once de los cuales, los últimos, los pasó en la cárcel gracias a Mussolini-, fue el que descubrió que el poder que la injusticia llama orden y el orden que necesita de la injusticia para imponerse, ese poder y ese orden, vienen del campo de las ideas, los valores, la información.


Y a todo eso llamó, en varios de sus cuadernos carcelarios, “bloque hegemónico”, es decir la red compleja que los de arriba tejen para que los del medio y los de abajo crean y no duden de que lo que están viendo es “la única realidad posible”. En esta vasta operación, claro, interviene el nacionalismo como trinchera supuestamente común, la iglesia como administración del miedo, la prensa como pedagogía de la resignación, la cultura como parte del orden que dice no representar y los intelectuales avenidos como declamación y prestigio.


Gramsci fue el primero que descubrió que era en el mundo de la comunicación donde se librarían las grandes batallas del futuro. Si no se hubiese muerto de tuberculosis el 27 de abril de 1937 y pudiese ver lo de estos tiempos, tendría que admitir que la derecha está ganando el partido por varios murdoch, un montón de mercurios, un puñado de berlusconis. Gramsci rabiaría de ver lo que hoy se ve. Y quizá lo primero que haría sería preguntar por Bettino Craxi, el socialista ladrón tan conocido en el Perú por sus contactos del más alto nivel. Gramsci querría abofetearlo.


¿Y por qué escribo sobre Gramsci?Porque justo ayer un prelado del Vaticano ha dicho que, en sus últimos días, sabedor de que se moría, Gramsci se reconcilió con Dios y hasta tuvo cerca una estampita de Santa Teresita del Niño Jesús.


Por supuesto que en la Fundación Antonio Gramsci han dicho que eso es una mentira.


A mí me parece una venganza tardía o, por lo menos, una versión de parte.


Me gustaría preguntarle al sacerdote Luigi De Magistris, que así se llama el autor de este chisme eclesiástico, si de verdad jura por los tres pastores de Fátima que lo que dice es cierto.Si me dice que sí, que sí jura, sabré que está mintiendo.

sábado, 15 de noviembre de 2008

¿OBAMA REVOLUCIÓN?

Por Rolando Breña Pantoja

Muchas colectividades, principalmente en tiempos de crisis, de incertidumbre, cuando algunos de los elementos fundamentales de su realidad se desmoronan o parecen desmoronarse, no pocas veces alteran patrones de conducta tradicionales, poniendo sus expectativas en el encuentro o la llegada de un salvador o un Mesías, hasta lo fabrican a la medida de sus necesidades y búsqueda de remedios.


Algo así parece suceder con Obama y su victoria electoral. Dentro y fuera de EE.UU. se desatan algarabías y esperanzas, que riñen muchas veces con las verdaderas condiciones y perspectivas de su gobierno y las propias estructuras sociales, económicas y políticas de EE.UU. La "Obamanía", de la que nos hablan los medios, obedece más a un sentimiento de esperanza y cambio que a una real posibilidad de su concreción. Es que, lo diremos otra vez, los tiempos hacen que las gentes, incluso de países de economía avanzada, busquen creer, crean que las cosas pueden cambiar; aunque muchas de esas ilusiones se deshagan luego, para continuar en lo mismo.


¿Qué puede revolucionar Obama? Puede ser, lo dijimos en nota anterior, en lo racial y la consiguiente movilidad social de la población afroestadounidense que puede traducirse en un mayor espacio de su presencia.


Pero, ¿qué más? ¿Política internacional? Al lado de algunas formas de diálogo posible con quienes jamás quiso hacerlo Bush y ciertas modificaciones en zonas de conflicto, no pueden esperarse cambios radicales en su afán de hegemonía mundial y la presencia de sus Fuerzas Armadas en cualquier lugar aun cuando no sean bienvenidas. Las vigas maestras de la política exterior de EE.UU. están trazadas y ni republicanos ni demócratas lo pondrán en cuestión.


¿Y qué esperaría América Latina? Numerosos especialistas aprecian que con los graves problemas internos y los delicados conflictos internacionales en Asia y Europa, entre otros, quedaría poco espacio para nosotros; salvo para enfrentar gobiernos que no son de su simpatía. Sin embargo, necesita reforzar su presencia e influencia en nuestros países, no sólo para contrarrestar el "ejemplo" de gobiernos y países como Venezuela y Bolivia, sino para que otros no puedan escapar de su esfera de influencia.

HUELGAS Y JORNADAS DE LUCHA EN LAS UNIVERSIDADES

Desde 30 de octubre, cansados del incumplimiento de las leyes, de los compromisos reiterados del gobierno y de la ofensiva económica contra la Universidad y los derechos estudiantiles, la FENDUP y la FENTUP han reiniciado sendas huelgas nacionales indefinidas y la FEP viene desarrollando Jornadas de Lucha estudiantil. Ante ello, el Partido Comunista del Perú Patria Roja, se pronuncia en los términos siguientes:

La lucha de los tres estamentos de la universidad es expresión de la contradicción principal actual: Continuismo neoliberal o cambio con un Proyecto de Universidad que recoja las reivin-dicaciones de los tres estamentos y esté en función de los intereses del pueblo y la patria. Ese es el signo de la huelga de los docentes y trabajadores administrativos y las jornadas de lucha que viene desarrollando la FEP. Y, por cierto, es parte de la creciente ola de protesta popular contra el gobierno de continuismo neoliberal de Alan García

Las políticas universitarias del Neoliberalismo que tienen 18 años de continuidad desde el gobierno de Fujimori hasta el actual de Alan García han demostrado su total abandono de las principales funciones principales de la universidad peruana: La formación de profesionales de calidad; el desarrollo de la ciencia, las humanidades y la tecnología; la promoción de la creación intelectual y cultural y; la proyección social. La pertinencia universitaria al servicio de un Proyecto de Desarrollo Nacional soberano y autocentrado, desde los intereses del pueblo y la patria, está totalmente ausente en esas políticas gubernamentales.

Desde el dogmatismo neoliberal (hoy en bancarrota) los ejes de las políticas universitarias de los gobiernos neoliberales se ha reducido al abandono de las responsabilidades del Estado y la privatización del servicio social de la educación universitaria como objeto de comercialización y lucro desde que es concebido como servicio-mercancía y no como servicio social y derecho humano. Eso ha producido un “sistema” universitario caótico y mediocre caracterizado por la proliferación de universidades privadas y sus sedes que incluso han llevado a las propias universidades estatales a esa lógica, con el agregado de una generalizada gestión en la que campea la corrupción y la antidemocracia con absoluta falta de transparencia en la administra-ción. La mejor demostración de ello es la supervivencia del D.Lg. 882 “de promoción de la inversión privadas” y de las “universidades de garaje”.

Frente a ello se desarrolla la lucha de los estamentos universitarios, por las reivindicaciones propias de los docentes, trabajadores administrativos y estudiantes; por una segunda reforma universitaria cuyas bases se encuentran en los sendos proyectos de Ley de la FENDUP, la FENTUP y la FEP y que debe tener como perspectiva un Proyecto de Universidad Nacional, Democrática, de calidad al servicio del pueblo y con la pertinencia a un Proyecto de Desarrollo Nacional que permita un Nuevo Curso en el desarrollo económico y social de nuestra patria.
Nuestro partido apoya plenamente la huelga de la FENDUP y de la FENTUP así como las jornadas de movilización y lucha de la FEP. La plataforma común que recoge los reclamos de cada estamento, las reivindicaciones conjuntas y la defensa de la universidad tienen nuestro respaldo. Las mismas que se resumen en: La defensa y ampliación del presupuesto de las universidades, la homologación de los docentes de acuerdo a Ley, el aumento de sueldo para los trabajadores administrativos según compromiso del gobierno, el respeto pleno del pasaje universitario y el archivamiento definitivo del Proyecto Hildebranth de profundizar la privati-zación de la Universidad estatal que provocaría la elitización social a partir de hacerla inaccesible para las mayorías en un país que tiene casi el 50% de su población en pobreza.

Que se haya llegado a este estado de huelga de docentes y administrativos es de exclusiva responsabilidad del gobierno, especialmente de sus Ministros de Economía que actúan en obediencia ciega de las políticas fondomonetaristas. Que los estudiantes pierdan clases y que docentes, administrativos y estudiantes se encuentren en las calles es pues absolutamente una demostración de la incapacidad de gestión y de la política antiuniversitaria que implementa el gobierno de Alan García Pérez en alianza con la derecha y el fujimorismo que incluso se expre-sa en el sino común de la corrupción.

La más amplia unidad por lo objetivos comunes y la mutua solidaridad así como la convicción de que sin luchas no hay victorias debieran marcar las huelgas de los gremios docentes y administrativos. Si bien, en este contexto, una “huelga indefinida estudiantil” es un contrasen-tido, los estudiantes comunistas, democráticos y progresistas tienen que demostrar en los hechos, con movilizaciones y otras acciones de lucha, que están al lado de los otros dos estamentos, en el espíritu de la Declaración de Cajamarca. Saludamos por eso mismo las movilizaciones de los tres estamentos en el desarrollo de las huelgas de docentes y administra-tivos.

Una gran unidad para grandes victorias es la clave para luchar y vencer. Por eso mismo cualquier acción divisionista en la FENDUP, la FENTUP o la FEP no es otra cosa que un caro favor al enemigo y que de darse sería sólo una demostración del ciego sectarismo, del estéril egotismo, de quienes lo promuevan.

Combinar la movilización, el diálogo (que además es un derecho), la lucha institucional, junto a cualquier forma de lucha con la creatividad de las masas es un buen criterio de conducción de las luchas universitarias actuales.

Siendo plenamente justas las luchas reivindicativas, a las mismas que damos nuestro apoyo, recordamos a los miembros de la comunidad universitaria que las soluciones de mediano y largo aliento pueden darse sólo en el marco de la organización y acción políticas. Por ello invitamos a los docentes, los trabajadores administrativos y a los estudiantes, a integrase a las filas de las organizaciones nacionalistas, democráticas y de izquierda, al MNI y a nuestro partido y a que todos participemos en el torrente que va creciendo en torno a la Coordinadora Político Sindical.
En ese contexto saludamos la realización de la Asamblea Nacional de los Pueblos que se realiza este 8 de noviembre por la convocatoria de la CPS. Estamos seguros que desde sus direcciones nacionales y a través de la presencia de sus bases en las diferentes delegaciones de provincias, los docentes, administrativos y estudiantes universitarios estarán presentes en este histórico certamen del pueblo peruano que va plasmando así la gran unidad para el gran cambio que requiere nuestro pueblo y nuestra patria.


¡VIVA LA HUELGA DE LA FENDUP Y LA FENTUP!¡VIVA LAS JORNADAS DE LUCHA ESTUDIANTIL!
¡VIVA LA ASAMBLEA DE LOS PUEBLOS!